Quem sou...

Atendo sob o nome de Karussa, sou natural de São Paulo, capital.

Formada em Administração (UNIP São Paulo) e meus estudos com o Tarô iniciaram-se em meados de 1978. Sou neta de ciganos russos e iniciei meus estudos com minha avó materna.

Comecei a trabalhar com o Tarô em 1995. O uso do Tarô para mim surgiu como uma proposta de renovação em minha vida.

Trabalho com a Cruz Celta dupla, um método que me permite uma leitura mais clara e objetiva. Assim, tenho como orientar melhor os consulentes.

Além das cartas - sua filosofia e estudo - utilizo a Neurolinguistica como coadjuvante em trabalhos terapêuticos.

Gosto de mostrar ao consulente as possibilidades de resolver a situação que o perturba ou orientá-lo como evitar determinados problemas. Não penso que o Tarô pode mostrar somente o futuro, mas o vejo como uma forma de orientação em vários aspectos da vida.

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karussatarot@gmail.com


domingo, 25 de novembro de 2007

Curso de Tarô Esotérico



O Arcano 1
Nesta carta vê-se um jovem forte, um mago, cuja postura física assume a forma da letra Aleph. Ele inclina levemente o tronco para a direita, a mão direita aponta para baixo, a esquerda para cima, tal como a forma da letra Aleph. Com essa posição, ele revela ao mesmo tempo a verdade primordial deixada pelo grande iniciado Hermes Trimegisto em sua Tabula Smaragdina Hermetis: "Assim como em cima, também em baixo."

A roupa do homem jovem é estranhamente colorida. Ele usa um chapéu que, se bem observado, não se parece com um chapéu. A copa do suposto chapéu é a própria cabeça do homem, um círculo vermelho fechado que simboliza o seu espírito eterno, o seu Eu superior. Parte desse círculo está coberta pela aba do chapéu e, portanto, não é possível ver toda a cabeça. Isso mostra que seu espírito ainda não está totalmente consciente, que ainda há muito no inconsciente, na sua parte oculta. A cor vermelha é uma indicação de que o espírito, positivo-doador, é um fogo divino. Está em um círculo fechado porque nunca pode se mostrar no mundo material exterior. O espírito pertence a outro mundo. Ele é invisível no mundo material e não pode ser percebido pelos órgãos dos sentidos. Por essa razão, precisa de um instrumento de manifestação através do qual possa manifestar-se como idéia, pensamento ou conhecimento. Esse instrumento é o intelecto, simbolizado pela aba do chapéu. Essa aba tem a forma do sinal usado pelos matemáticos para designar o infinito, um 8 em posição horizontal. A barra da aba é amarela, cor da razão, e por dentro a aba é verde, símbolo da simpatia, da boa vontade e da unidade. O jovem mago manifesta dessa maneira o seu espírito invisível, fogoso, eterno, que nunca nasceu e que, portanto também não morrerá, através da infinitude independente do pensamento e do conhecimento, e também através da simpatia, da boa vontade e da unidade.

No corpo, ele usa uma túnica vermelha, muito justa, com gola azul e uma listra azul no centro. O traje vermelho é justo porque na verdade não se trata de uma vestimenta, mas do seu próprio corpo. A cor vermelha representa o seu espírito que, como a sua cabeça, é positivo-doador. A cor azul da gola e a listra central orlada de branco simboliza o seu amor puro e desinteressado pela humanidade. Ele oculta no íntimo esse amor altruísta, mas também aceita a orientação desse amor universal como guia em seu caminho através deste mundo. Isso é revelado pelas suas pernas que caminham pela trilha terrena e que estão calçadas com meias azuis.

Os braços simbolizam os dois grandes princípios polares da criação, o pólo ativo-masculino, positivo-doador, e o pólo passivo-feminino, negativo-receptor. Eles estão envolvidos por vários panos coloridos. Isso significa que o mago usa braços e mãos de forma versátil: com a razão, simbolizada pelo amarelo; com boas intenções e boa vontade em relação aos seus semelhantes, como indicado pela cor verde; sob essas duas cores ele veste uma malha justa azul que revela, além do seu corpo, também o seu ser real.

A bainha vermelha significa que ainda continua a irradiar a força espiritual doadora, ao orientar-se pelo amor altruísta pela humanidade em seu trabalho de atividade.

Na listra azul do centro da túnica há cinco botões. Representam os cinco órgãos dos sentidos, através dos quais ele se associa consigo mesmo, com seus mundos interior e exterior.

À sua frente há uma mesa. Apenas três pernas da mesa estão visíveis, a quarta eleva-se para o mundo espiritual invisível. O motivo para o mago cumprir sua atividade tem, em sua maior parte, uma base material. Sua pessoa vive no mundo material visível, portanto, ele deve cumprir neste mundo a tarefa que lhe foi destinada. No entanto, parte de suas ações - a quarta perna da mesa - depende de bases invisíveis, espirituais.

Sobre a mesa há três símbolos do tarô que, apesar de ainda não terem sido usados, estão prontos para uso: a taça, a espada e a moeda. Ele segura na mão esquerda o símbolo mais importante de todos: o bastão ou o cetro. Nas pontas o bastão tem esferas coloridas. Estas, por sua vez, simbolizam os dois princípios polares: a vermelha, o positivo e a azul, o negativo. O mago segura o bastão de tal forma que este fica com a extremidade positiva para cima e a negativa para baixo, na direção da moeda. O bastão simboliza as letras JOD, imagem da primeira revelação divina, uma única chama da qual surgiram todas ao outras letras e, aos poucos, toda a Criação. Na mão do mago, o bastão se transforma em uma vara de condão. É a força criadora do mago, com a qual ele concretiza no mundo exterior a vontade do seu Eu superior. Pode realizar verdadeiras maravilhas com ela e portanto, aos poucos, ele se torna um mago branco.

A taça é azul por fora, portanto, feminino-negativa, receptiva, mas contém em si o espírito, o princípio masculino-positivo, fogoso, representado pelo líquido vermelho que contém. A taça tem uma base hexagonal, formada pelos dois triângulos entrelaçados que representam os mundos espiritual e material. A taça aponta para os princípios espirituais do mago e significa sua receptividade a tudo o que é bom, até as mais elevadas verdades divinas do espírito.

A espada também está desembainhada, ainda sem uso, sobre a mesa. Ela simboliza a coragem do mago com a qual ele está preparado para lutar contra as sombras do submundo, contra o inconsciente, a fim de atingir a luz divina da consciência.

Por último, há uma moeda de ouro sobre a mesa. A forma circular representa o espírito; mas a cruz desenhada na moeda mostra que neste caso se trata de um espírito muito poderoso e especial, com o qual seu grande poder de concentração cria matéria e a controla unificando os dois elementos opostos. Essa é a moeda, dinheiro. Pois o conteúdo deste conceito "dinheiro" é puramente simbólico. Lembre-se de que, para um homem que está morrendo de sede no deserto, qualquer peça de metal, seja ouro ou prata, não tem absolutamente nenhum valor. "Dinheiro", portanto, é uma noção puramente abstrata e não matéria visível ou tangível.

A moeda nesta figura do mago também não sugere "dinheiro" visível com valor de troca. Indica muito mais precisamente o poder espiritual do homem que lhe permite controlar todos os valores do mundo material, basta que conheça este segredo!

Entre as pernas, e exatamente atrás dele, vê-se uma flor que cresceu da terra, portanto, da matéria. Ela tem folhas verdes e um botão. As folhas verdes representam os três grandes princípios do espírito, do poder e da matéria. A flor fechada, o botão, é vermelha e revela o espírito. Isso simboliza que o espírito do mago, tal como o botão da flor, ainda não se manifestou totalmente. Tal como a flor, o espírito já está presente, mas possui muitos aspectos ainda inconscientes. Tal como a flor ainda não desenvolveu todo o seu esplendor interior, o mago também ainda não revelou toda a perfeição do seu espírito, do seu Eu superior. Seus maiores tesouros, os tesouros divinos, continuam latentes em seu inconsciente. É esse também o motivo pelo qual a flor está atrás dele, assim como o seu inconsciente está por trás da sua consciência. Trata-se, entretanto, de mera questão de tempo até a flor se abrir e revelar a sua glória, e o mago revelar seu mais íntimo ser perfeito.

A carta O Mago mostra um homem que acabou de despertar, que se tornou consciente em si mesmo e que percebe pela primeira vez que está de fato aqui - que está aqui agora. Portanto, pela primeira vez, ele experimenta o presente absoluto no estado de autoconsciência. O seu Eu está desvinculado e é infinito no inconsciente, exatamente como o seu chapéu revela a infinitude; contudo o primeiro lampejo de autoconsciência ainda é limitado e sua luz ainda é a primeira centelha divina, não iluminando ainda todo o seu ser divino. Ele continua sendo a criança divina mas já é o início, assim como a criança é o início do adulto em crescimento. Da mesma maneira, o número Um é o primeiro de uma seqüência de números e a letra Aleph é o início do alfabeto.

O "mago" representa um homem ou uma mulher. O fato de o estado de despertar estar representado neste caso por um homem, não significa que só um homem possa experimentar esse estado. No primeiro estado de autoconsciência não há sexo. O ser humano, homem ou mulher, sente um estado espiritual positivo; esse estado é simbolizado pela figura de um homem. Uma criatura viva neste nível de consciência já possui todas as dádivas divinas que a ajudarão a prosseguir no caminho rumo ao autoconhecimento.

O mago segura na mão a "varinha de condão", que pode usar para abrir todas as portas fechadas do inconsciente. Sua alma é como uma taça da qual ele já pode beber o néctar divino do espírito. A espada, também, já está à sua disposição; portanto, ele pode dissipar as sombras do mundo subterrâneo, do inconsciente, e conquistar a luz divina do Eu superior, da onisciência. Finalmente, ele também tem a moeda de ouro, o poder espiritual sobre toda a matéria. Ele já conhece o valor intrínseco de todas as coisas; portanto, nunca mais perderá seu rumo na floresta dos falsos valores materiais deste mundo.

Embora possua todos esses tesouros, ele ainda não é um "mago" atuante. Na verdade, ele tem esses bens divinos, mas ainda não os usa. Ele não sabe que já tem na ponta dos dedos todos os atributos que lhe possibilitarão tornar-se um autêntico mago branco no jardim de Deus. Ainda está imóvel, mas pronto a iniciar o longo caminho para o autoconhecimento.

À figura do mago atribui-se o número 1 e a letra Aleph. O número 1 é o número divino que existia até mesmo antes que os outros números nascessem dele. É o pai de todos os outros números, é indivisível e eterno. É o único número que pode ser usado como um multiplicador sem modificar o valor do número que for multiplicado. Diz o Vishnu-Purana: "Não havia dia nem noite, nem céu ou terra, nem escuridão ou luz, nem havia qualquer outra coisa, nada a não ser o Um". E o grande iluminado hindu Ramakrishna afirmou do mesmo modo: "Conheça o Um e você conhecerá tudo".

Na Cabala esta carta corresponde ao primeiro coro de anjos, chamados Serafins. Até a época do profeta Isaías, Seraph significava uma serpente sagrada com três pares de asas. Isaías trocou este nome pelo de anjos. Desde então, Seraph ficou sendo o nome de uma criatura angelical com três pares de asas. Sephirot é uma hoste inteira desses anjos. Na Cabala há dez dessas sephirot criativas. Sephirah significa literalmente emanação.

No alfabeto hebraico há três letras chamadas "mães". Essas três mães são: Aleph, Mem e Shin. As três significam um nascimento e por isso são conhecidas como "mães". Aleph é o primeiro nascimento, o nascimento da criança divina, o primeiro lampejo de autoconsciência. O homem ainda é como uma criança que começa a olhar em torno, incapaz de usar seus atributos, os talentos que lhe foram dados por Deus. Com o passar do tempo, sua atividade se desenvolverá e só então ele se tornará um adulto. A letra Aleph fez nascer o primeiro despertar da consciência no homem.

O número 1 e a letra Aleph são ambos o começo de um desenvolvimento. Da mesma forma como o número 1 faz surgir todos os números subseqüentes ad infinitum, a letra Aleph assinala o início do alfabeto. Tal como o botão representa o início que leva à florescência total, da mesma forma a consciência presente no homem que tem os instrumentos mágicos à sua disposição é o início do grande, longo e irregular caminho que leva ao supremo objetivo, que leva à Onisciência divina e perfeita.



Interpretação Oculta
Esta lâmina tem o sentido de "Deus em Movimento, Começo das Coisas". Este arcano encerra a idéia de dois caminhos: o caminho da manifestação das consciências, que são as criaturas humanas no mundo material, e a ascensão dessas consciências para o mundo celestial ou subjetivo.

A finalidade da evolução é transformar vida-energia em vida-consciência. O Arcano 1 tem sua expressão ligada ao Mundo das Idéias, porém de natureza cósmica. É a expressão de uma Suprema Unidade, de uma Suprema Consciência, agindo sob forma de influxo na Substância Indiferenciada. O Mago é, portanto, a expressão de uma Vontade Criadora pondo em atividade energias cósmicas.

Realmente, o Tarô é a Roda que começa a girar, mostrando "Deus em Movimento, o Começo das Coisas". É o "Espírito de Deus pairando sobre as Águas Criadoras".

Deste sentido tem derivado as idéias sobre o Universo e sobre o princípio que o determina, idéias que conferem à Aleph o seu valor como emblema de potência e estabilidade.

No Universo, Deus (as Hierarquias Criadoras) é visto como o Grande Sugestionador de tudo o que sucede no Cosmo. Os objetos do Mago correspondem às Quatro Hierarquias Criadoras, também denominadas de Hierarquias Rúpicas. O quadro a seguir mostra as relações analógicas que governam, sobretudo, os Arcanos Menores:

Assuras - Agnisvatas - Barishads - Jivas
Espada - Bagueta - Taça - Moeda
Espadas - Paus - Copas - Ouros
Ar - Fogo - Água - Terra
Ousar - Querer - Saber - Calar
Águia - Leão - Anjo (Mulher) - Touro

Para ficar de posse desses instrumentos místicos, o Iniciado deve ter passado pela provação dos Elementos. A vitória alcançada sobre a Terra confere à Moeda o ponto de apoio concreto necessário a toda a ação. Afrontando o Ar com audácia, a Cavaleiro da Verdade aparece armado com a Espada ("São Jorge"), símbolo do Verbo que põe em fuga os fantasmas do erro (o Dragão). O triunfar da Água é conquistar o Santo Graal, a Taça onde se sorve a Sabedoria. Provado pelo Fogo, o Iniciado obtém, enfim, a insígnia suprema do comando, a Bagueta, cetro do rei que reina por sua vontade confundida com o soberano querer.

Interpretações Adivinhatórias

Kether, a Coroa da Árvore dos Sephiroth, o Começo de Todas as Coisas: Causa Primeira, Unidade-Princípio, Espírito Puro, Sujeito pensante único e universal, refratando-se no Eu de toda criatura inteligente.

Iniciativa, centro de ação, espontaneidade de inteligência, acuidade de discernimento e de compreensão, presença de espírito, posse de si mesmo, autonomia, repulsa a toda sujeição estranha, emancipação de todo preconceito.

Destreza, habilidade, finura diplomática. Interlocutor persuasivo. Na polaridade oposta: falta de escrúpulos, mentiroso, charlatão, explorador da candura humana.

Influência de Mercúrio no bem como no mal.

Um comentário:

João Moreira disse...

Karussa,

bom dia! Sou autor do blog "Tarosfera"(http://tarosfera.com) e "linkei" um trecho deste artigo original no mesmo.
Desejo saber de se há algum problema em divulgar seus artigos dentro da prospota que estou desenvolvendo.
Agradeço desde já e parabéns pelo formato do "Curso de Tarô Esotérico".

Arierom.

Textos interessantes...


CICLO LUNAR OU FASES DA LUA

Márcia Mattos - Astróloga

Entre os povos antigos, o Sol e a Lua eram adorados como deuses, já que eram fontes supremas da energia que fluía para a terra. O período da Lua Nova era sagrado, pois o Deus Sol e a Deusa Lua eram um só. Envolvida pela luz do Sol, a Lua ficava carregada de seu poder vital. Na medida em que a Lua crescia, ela gradualmente refletia e distribuía a luz do Sol para a terra, marcando o período fértil e destinado ao crescimento.Na fase Cheia, a Lua se tornava igual ao Sol, liberando para a terra a sua força total de transmissão do poder do "astro-rei". Então, como que exausto de tanta atividade, ela começava a minguar. Na terra, a vitalidade decaía, esperando a renovação da fertilidade quando os dois deuses estivessem unidos outra vez. Para os antigos, os ciclos lunares acabavam por se transformar no calendário celeste. A contagem das luas se tornou o fundamento para nossa idéia atual de mês e a estrutura interna ou as fases da Lua se tornaram um fundamento da nossa idéia atual de semana. Para eles, o tempo era cíclico, estruturado em fases, e cada uma tinha determinada qualidade e características próprias, que tornava algumas atividades apropriadas para algumas fases e impróprias para outras.As fases da Lua se referem à relação entre o Sol e a Lua do ponto de vista da terra.

A Lua Nova

Inaugura um novo ciclo. É a semente do ciclo lunar que começa. O mapa astrológico levantado para a Lua Nova é a chave das influências de todo mês lunar que se aproxima. Simboliza um novo impulso ou oportunidade para crescimento. No entanto, o ciclo que se inicia não começa de um só golpe. A princípio, sente-se um alívio ou libertação das pressões do mês anterior, mas aquilo que vai ser desenvolvido durante o mês que se adianta emerge gradualmente. Nessa fase, o que se tenta desenvolver ainda não é um fato real, mas apenas uma possibilidade que precisa ser definida e alimentada nas semanas que virão. Além disso, o início do ciclo é sempre cercado de fantasmas e de assuntos inacabados dos ciclos anteriores. O signo do zodíaco onde ocorre a Lua Nova representa qualidades deste novo impulso e, ao mesmo tempo, o antídoto e as soluções para se eliminar os restos deixados pelo ciclo anterior.

O Lua crescente

Indica um crescimento (começado na Lua Nova) que pode ser impedido ou bloqueado por obstáculos o assuntos não resolvidos no passado. Idealmente, esse seria um período para vencer os obstáculos não resolvidos. É, aliás, o que deve acontecer se quisermos que toda a energia a ser liberada durante a Lua Cheia seja aproveitada. O quarto crescente nos aponta um quadro de necessidade de mudança e remanejamento. Se as dificuldades do passado não ficarem esclarecidas aqui e resolvidas ou se o crescimento for letárgico, então a iluminação oferecida durante este ciclo não será completada. Qualquer padrão que foi estabelecido neste primeiro ciclo, de crescimento ou de dificuldade, continuará a ser desenvolvido durante o resto do ciclo lunar. Aqui, o que quer que esteja sendo desenvolvido em nós ou em nossas vidas sofrerá um teste e precisará ser definido claramente e delineado em uma direção. Isto significa fazer opções entre várias possibilidades e alguns padrões habituais antigos. Há emergência, independência, atividade e comprometimento. Não é hora de fugir.

A Lua Cheia

Culminam a semente e o potencial inaugurado na Lua Nova. Se tiver sido desenvolvida uma atitude positiva de crescimento e as etapas tiverem sido superadas durante o quatro crescente, então a Lua Cheia trará a realização e a satisfação. Caso contrário, pode trazer conflitos, problemas, aparecimento de uma situação de ansiedade e até afetar a saúde física. A Lua Cheia é um transbordamento. Neste período, deve se atingir o ápice daquilo que vinha sendo desenvolvendo nas fases iniciais para melhor ou para pior, para o sucesso ou o fracasso. Se o nosso trabalho anterior tiver sido bem sucedido, então a Lua Cheia iniciará um processo de usar, ampliar, partilhar e assimilar essas experiências. Se, por outro lado, nossos esforços não tenham sido proveitosos (durante a fase crescente) as coisas não irão acontecer do jeito que esperávamos, porque tinham apenas valor temporário. A Lua Cheia pode nos estimular a abandonar essas situações, relacionamento ou coisa que eram incapazes de preencher uma função positiva em nossas vidas e se soubermos deixá-las, estaremos abrindo espaço para um crescimento futuro no próximo ciclo que se aproxima.

Lua Minguante

Se a Lua Crescente nos desafia a crescer para fora e agir de modo a realizar nossas possibilidades, a Lua Minguante nos desafia a crescer para dentro e a mudar. Qualquer coisa que não se harmoniza com este crescimento interno e essa maior compreensão de nossas experiências, deve ser deixado de lado. O momento aqui é ultra favorável a "insights". Questionando posicionamentos antigos, poderemos nos abrir para novas idéias e ideais. A última fase deste ciclo, que antecede imediatamente à Lua Nova, marca um período de transição, o período "semente" entre o ciclo que se encerra e o próximo que se anuncia. Durante este tempo, os resultados do ciclo inteiro podem ser revistos, concentrados e resumidos em sua essência para formarem um fundamento de um ciclo futuro.

Trecho da apostila "A Lua: seus múltiplos significados e atributos", da astróloga Márcia Mattos.











O PERDÃO

Não existe nada mais difícil do que o perdão. Nada. E aqui, é bom sempre deixar claro, não estou me referindo ao perdão vulgar, aquele em que a vovó passa a mão na cabeça do netinho que acabou de quebrar um caríssimo vaso de cristal ao brincar de bola dentro do apartamento. Perdão – com “p” maiúsculo.
Não sou cristão por um motivo simples: não consigo acreditar em algumas premissas básicas do cristianismo, como a divindade de Jesus e a Ressurreição. Isso não me impede de admirar o Homem de Nazaré. Até porque, como a grande maioria dos brasileiros, tive, na infância, uma educação católica.
Nos últimos dias, tenho pensado muito sobre algumas frases derradeiras de Jesus Cristo. Na cruz, por exemplo, ele pede ao Pai que perdoe as pessoas, porque elas não sabiam o que estava fazendo. Uau! Não se trata somente de uma fala de mártir e nem tampouco de perdão em estado bruto; é preciso reconhecer um bocado de orgulho na frase. Sim, porque se “eles” não sabem o que fazem é porque “eu” sei o que estão fazendo de errado. Sabedoria esta, tenho de reconhecer, própria de um Deus humano.
Sou humano, sem pretensões de me tornar Deus. Mas o perdão que sou capaz de dar, infelizmente, passa pela mesma idéia: a constatação do erro e, posteriormente, da ignorância que a ele conduz. Não é algo nobre. E dói. Ah, como dói.
Um dos problemas desta postura algo arrogante de quem perdoa porque entende é que ela nos leva a um poço fedido de desespero seco. Por uma destas coincidências que me recuso a acreditar que sejam fruto do acaso, ontem estava lendo A Arte de Se Salvar (Imago), de Nilton Bonder. Logo no início, me deparo com um interessante raciocínio que coloca Desespero e Fé em patamares semelhantes, sendo que o primeiro dá início ao Cinismo, enquanto a segunda nada mais é do que uma forma superior de Liberdade.
O perdão que, hoje, sou capaz de dar me conduz ao Cinismo. Que se manifesta até fisicamente: o silêncio, o queixo algo empinado, o olhar vazio. Quero – e tenho trabalhado para isso – poder oferecer a meus algozes, cientes disso ou não, o perdão da Fé, que é libertário.
Há momentos, sinto, em que sou tocado por este verdadeiro Dom: por um átimo, entendo que a crucificação é um fato, saibam ou não o que estão fazendo. Eu os perdôo quando desprezo o que é motivado pela ignorância. Pode parecer contraditório, até, mas o fato é que é mais fácil perdoar quando se sabe o que realmente motiva algum ato de violência. A ignorância é a mais débil das desculpas.
Mas… e quanto ao passado? Como perdoar o que se tem gravado a sangue na memória? E como perdoar sem ser tomado pelo Desespero que conduz ao Cinismo? Para mim, isto tudo ainda é um mistério. Sei que a resposta do enigma passa pela compreensão absoluta de que os homens são livres – inclusive para se magoarem. Apenas não sei, ainda, como combinar no anagrama perfeito as letras desta tal Liberdade.

http://www.polzonoff.com.br/o-perdao.htm









O GUERREIRO DA LUZ E SEUS DEMÔNIOS

O guerreiro da luz passa a acreditar que é melhor seguir a luz. Ele já traiu, mentiu, desviou-se do seu caminho, cortejou as trevas. E tudo continuou dando certo - como se nada tivesse acontecido. Mas agora ele quer mudar suas atitudes.Ao tomar esta decisão, escuta quatro comentários: "Você sempre agiu errado. Você está velho demais para mudar. Você não é bom. Você não merece".Então olha para o céu. E uma voz diz: "bem, meu caro, todo mundo já fez coisas erradas. Você está perdoado, mas não posso forçar este perdão. Decida-se".O verdadeiro guerreiro da luz aceita o perdão, e passa a tomar algumas precauções.Um novo passo em falsoComo nada muda da noite para o dia, o guerreiro dá um novo passo em falso e mergulha mais uma vez no abismo. Os fantasmas o provocam, a solidão o atormenta. Como agora tem mais consciência de seus atos, não pensava que isto fosse tornar a acontecer.Mas aconteceu. Envolto pela escuridão, ele se comunica com seu mestre."Mestre, caí de novo no abismo", diz . "As águas são fundas e escuras""Lembra-te de uma coisa", responde o mestre. "O que afoga não é o mergulho, mas o fato de permanecer debaixo d'água".E o guerreiro usa o resto de suas forças para sair da situação em que se encontra.Tendo cuidado com os comentáriosUm guerreiro sabe que as trevas utilizam uma rede invisível para espalhar seu mal. Esta rede pega qualquer informação solta no ar, e a transforma em intriga. Tudo que é dito a respeito de alguém, sempre termina chegando aos ouvidos dos inimigos desta pessoa, acrescido da carga tenebrosa de veneno e maldade.Por isso o guerreiro, quando fala das atitudes de seu irmão, imagina que ele está presente, escutando o que diz. Assim, desenvolve a arte da prudência e da dignidade.E fica cada vez mais perto da luz que entrou pela sua janela, e agora ilumina toda sua alma.

Mago Paulo Coelho emManual do Guerreiro da Luz

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