Quem sou...

Atendo sob o nome de Karussa, sou natural de São Paulo, capital.

Formada em Administração (UNIP São Paulo) e meus estudos com o Tarô iniciaram-se em meados de 1978. Sou neta de ciganos russos e iniciei meus estudos com minha avó materna.

Comecei a trabalhar com o Tarô em 1995. O uso do Tarô para mim surgiu como uma proposta de renovação em minha vida.

Trabalho com a Cruz Celta dupla, um método que me permite uma leitura mais clara e objetiva. Assim, tenho como orientar melhor os consulentes.

Além das cartas - sua filosofia e estudo - utilizo a Neurolinguistica como coadjuvante em trabalhos terapêuticos.

Gosto de mostrar ao consulente as possibilidades de resolver a situação que o perturba ou orientá-lo como evitar determinados problemas. Não penso que o Tarô pode mostrar somente o futuro, mas o vejo como uma forma de orientação em vários aspectos da vida.

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domingo, 25 de novembro de 2007

papisa




O Arcano 2
A figura representa uma mulher trajando a vestimenta de sacerdotisa, sentada em um trono estranho. Ela está imóvel, é calma, inescrutável, misteriosa e majestosa. É a suma sacerdotisa do templo e guardiã dos seus mistérios. Ela usa uma tiara orlada por dois aros dourados e que termina com uma lua crescente no alto. A lua crescente significa que esta imagem representa um estado passivo, feminino-receptivo em que o homem volta todo o seu interesse e receptividade simultaneamente para dois planos: para este mundo e para o outro. Esses dois planos, esses dois mundos, também são simbolizados pelos dois aros dourados da tiara.

Parte do rosto da grande sacerdotisa está oculto por um véu branco. Isso prova que de modo algum ela revela toda a sua natureza. Seu vestido é longo, justo e azul. Azul indica que no âmago do seu ser ela está repleta da fé pura em Deus, do altruísmo e do amor pela humanidade. Sobre essa roupa, ela usa uma capa vermelha orlada de amarelo. Vermelho mostra a espiritualidade que ela manifesta exteriormente no mundo da matéria. Ao fazê-lo, ela oculta de olhos inquisitivos o âmago do seu ser amoroso simbolizado pela cor azul. A borda amarela do traje significa a razão, que ela demonstra através da linguagem e da escrita. Essa capa está presa ao seu corpo por duas faixas largas em que estão algumas cruzes pequenas. Estas por sua vez significam os relacionamentos íntimos da sacerdotisa, tanto com o reino do espírito quanto com o reino da matéria.

Na mão direita ela segura um livro entreaberto que contém, mas ainda não revela os mistérios dos dois mundos, o aquém e o além. Na capa do livro há um símbolo chinês, a divindade repousando em si mesma, Yang e Yin, na qual os dois pólos ainda permanecem na unidade de Deus. Só ao se manifestarem, esses dois mundos, o material exterior e o espiritual interior, são ostensivamente separados um do outro. Na realidade interior eles sempre pertenceram um ao outro, possivelmente não existiriam um sem o outro. Pois é na tensão que existe entre eles no mundo material que toda a Criação se fundamenta.

Na mão esquerda ela segura duas chaves. São as chaves para este mundo e para o próximo. Ela tem acesso a ambos, ela pode fechar ou abrir os portais, entrar ou sair conforme a sua vontade. Contudo, ela não revela os mistérios desses mundos a pessoas imaturas.

Ela está sentada em um trono. De cada lado do encosto do trono há duas grandes colunas. As próprias cores acima das colunas revelam que a coluna à direita é fogosa, masculino-espiritual e que a da esquerda é úmida, feminino-animalesca. Elas são as duas colunas do rei Salomão, Jakim e Boaz, sobre as quais ele edificou seu templo. Também são as duas pernas do Logos na Revelação. Um pé está em terra, o outro no mar. Esses dois pilares sustentam a tensão entre os dois pólos criadores, o positivo e o negativo, sobre os quais, segundo a Bíblia, repousa o princípio criador, o Logos, à medida que cria o universo. Entre os pilares há uma cortina, que corresponde ao véu da deusa egípcia Ísis. Na filosofia da religião hindu, essa cortina é o véu de maya. Esse véu encobre a verdade misteriosa e absoluta que repousa no inconsciente dos homens, a qual o homem imaturo ainda não pode e não deve ver. Os segredos do inconsciente continuam ocultos dos seus olhos, mas ele já suspeita das forças titânicas que atuam abaixo do nível de sua consciência. Ele acredita que os fenômenos que percebe não surgem do próprio inconsciente, mas do mundo exterior. Assim, ele começa a se preocupar com os fenômenos do ocultismo. Freqüenta reuniões espirituais onde, segundo sua crença, os "espíritos" dos que morreram manifestam sua presença e transmitem mensagens do além. Também comparece a outros círculos e associações que buscam estudar todos os tipos de "ciências ocultas". Portanto, transforma-se em um "buscador".

O chão sobre o qual está o trono da Grande Sacerdotisa é constituído por quadrados coloridos de pedra branca e preta, dispostos como os campos de um tabuleiro de xadrez. As pedras brancas simbolizam o mundo espiritual e invisível; as pretas, o mundo material visível. Tal como esses diversos quadrados estão misturados no chão da imagem, da mesma forma os dois mundos se mesclam na alma do homem que busca, embora ainda não se fundam. O homem já começa a se espiritualizar, mas ainda é terreno-material.

Os dois espaldares do trono, à direita e à esquerda, representam duas esfinges, uma branca e outra preta. Vê-se apenas a esfinge preta; a outra, branca, está invisível, coberta por uma parte do manto da sacerdotisa.

A esfinge é um estágio muito importante do caminho do auto-conhecimento. Sabe-se da mitologia grega, que as pessoas de Cadmus pediram auxílio a Édipo, lamentando-se em voz alta. Pediram que este as livrasse do monstro, a terrível esfinge sentada no alto do rochedo que olhava para a planície e empestava a atmosfera pura com seu hálito. Se não houvesse ajuda imediata, toda a população seria destruída, morrendo de uma morte horrível. Ela só poderia ser espantada por alguém que resolvesse o enigma que propunha. Todos os dias ela resmungava suas incompreensíveis palavras e engolia, sem piedade, cada um que tentasse resolver o enigma e não fosse capaz de fazê-lo.

Édipo perguntou qual era esse enigma, ao que as pessoas chorosas responderam: "A esfinge só diz isso: existe uma criatura que pela manhã anda sobre quatro pernas, ao meio-dia sobre duas e à noite anda por aí sobre três pernas. E quando anda sobre quatro, vai mais devagar. Diga-me, qual é essa criatura?" Édipo foi ter com a Esfinge e quando esta lhe propôs o enigma, ele respondeu: "É o próprio homem. No começo da vida, ainda criança, ele se arrasta de quatro, ao ficar crescido anda com duas pernas e quando fica velho anda com a ajuda de uma bengala". Com um grito terrível, a esfinge saltou do rochedo e desapareceu num piscar de olhos.

O enigma da esfinge, portanto, é o enigma de todo ser humano. E aqui, na figura, como espaldar do trono da Grande Sacerdotisa essa esfinge também significa o grande enigma dos homens - o auto-conhecimento.

O braço esquerdo da Grande Sacerdotisa repousa sobre a visível esfinge preta, e o direito sobre a ainda invisível esfinge branca. Toda a figura da Grande Sacerdotisa mostra o estado de alguém que acaba de despertar, de quem sentiu pela primeira vez a bruxuleante auto-consciência. Essa pessoa percebeu que também existe um "outro mundo" que pode ser encontrado além da sua consciência. Ela começa a se ocupar com o além e vai de uma sociedade dita "espiritual" a outra. Vai a todos os lugares onde existe uma possibilidade de solucionar o grande enigma do Ser.

Já compreende que não está na Terra exclusivamente para cumprir suas tarefas mundanas. Esses deveres mundanos também só são "seus" porque são exatamente estes e apenas estes que ajudam a alcançar o grande objetivo da sua vida: o auto-conhecimento. Qual seja esse grande objetivo ele ainda não sabe, mas sente que esta vida lhe deve alguma coisa, que tem de lhe dar algo de maravilhoso pelo qual esperou toda a vida. Isso deve ser a plenitude, a salvação. Ela ainda não reconhece bem que este objetivo nada mais é do que destruir o véu de maya, o véu das ilusões, desistir de todos os erros e descobrir o seu verdadeiro Eu, conhecê-lo e torná-lo perfeitamente consciente.

Do próprio ser, apenas conhece o lado terreno, consciente, seu ser aparente, o que ela não é, enquanto o seu ser espiritual verdadeiro repousa no inconsciente. Como não sabe onde procurá-lo, busca no além e naquilo que vem depois da morte. Ela quer saber para onde vão os que morrem, pois sabe que também terá de ir para lá. Mas a Grande Sacerdotisa, que conhece todos os mistérios, ainda não abre para ela a porta do além com sua grande chave. E mesmo assim, ela sente que por trás da cortina se esconde a solução do enigma, que encontrará toda a verdade. Assim sendo, não desiste da busca e continua. Aprende Filosofia e Psicologia, estuda as filosofias da religião de todos os países e se ocupa com todas as ciências espirituais. Ela torna-se um buscador sério ou um charlatão, é só uma questão de hierarquia. Pois, por trás das pesquisas do cientista, bem como por trás das brincadeiras infantis dos charlatães se oculta a mesma busca desesperada do homem pelo grande mistério divino do Ser eterno!

A carta da Grande Sacerdotisa tem o número 2 e a sua letra é Beth. O número 2 traz a divisão em si. Não existe unidade que possa conter o número 2. Mas se o número ainda assim se introduzir na unidade, isso significa cisão na unidade, uma queda, e para a alma humana, a morte. Na linguagem terrena, esse estado é representado pelo número 2 em todos os países do mundo: o desespero. Nesta figura esse número representa os dois mundos, aquém e além. Mundos que um buscador traz em si mesmo e que acarretam a sua divisão. Isso o atormenta e ele busca a solução, a "salvação". Por um lado, ele ainda pertence ao lado de cá, à vida material com suas alegrias e sofrimentos materiais; por outro lado, já se interessa pelo que está por trás dela; deseja saber para o que esta vida terrena é boa se no final há o abandono de tudo, e quais os valores que se pode levar junto ao morrer. E se é possível se levar algo ao morrer, para onde irão todos? Esse para onde lhe interessa, pois já descobriu que este mundo terreno é somente efeito, mas não a causa primordial. Este mundo não é uma realidade absoluta, trata-se apenas de uma aparência. Mas onde está a verdade absoluta, a causa, que é eterna e nunca acaba? Ele sabe que onde existe um efeito também tem de haver uma causa. E é a causa deste mundo que o homem quer descobrir.

Mas a Sacerdotisa não ergue a cortina que encobre o santuário, e deixa que o homem imaturo continue a procurar a verdade sozinho. Se ela revelasse ao homem o que é a verdade, este não aproveitaria a lição. Mas se ele mesmo procurar, encontrará a verdade na própria realidade - ele mesmo será essa verdade!

A letra Beth significa hieroglificamente a boca do homem. A Grande Sacerdotisa ainda mantém sua boca fechada. Ela ainda não revela nenhum dos seus segredos e, no entanto, permite que o homem sinta que eles existem, a fim de atraí-lo, fazendo com que se movimente, procurando-os. Ele os descobrirá!

A letra Beth representa o anjo da segunda hierarquia. É a segunda sephirah e corresponde à Chochmah, a inteligência teórica.

Interpretação Oculta
Segundo a tradição oculta, o Arcano 2 representa Deus em Aspecto Feminino.

Ao sair da Unidade, onde tudo se confunde (Arcano 1), chega-se ao domínio do Binário ou da distinção: é o átrio do Templo de Salomão, onde se erguem as duas colunas Jakim e Bohaz, entre as quais se acha, em seu trono, a Grande Sacerdotisa, a Papisa, perante um véu de tons brilhantes que oculta a entrada do Santuário.

Sua mão direita entreabre o Livro dos Segredos que ninguém pode ter acesso, se a Papisa não lhe confiar as chaves que ela segura na mão esquerda. Dessas chaves que abrem o interior das coisas (Esoterismo), uma é de ouro e se relaciona com o Sol (Verbo, Razão) e a outra é de prata, em afinidade com a Lua (Imaginação, Lucidez Intuitiva). Isto significa que é preciso aliar uma severa lógica a uma delicadíssima sensibilidade para aspirar a sondar as coisas ocultas, aquelas que a Natureza esconde ao conhecimento da maioria.

Quanto à cortina, que é preciso erguer para penetrar no recinto fechado, é a tela na qual se projetam as imagens vivas do pensamento. Essas imagens fascinam o visionário que se apega a ler na luz astral tal como as pitonisas.

O verdadeiro Iniciado não se detém nessas pequenas distrações do limiar, que são para ele apenas "bagatelas de porta". Se ele se mostra digno, a Grande Sacerdotisa afastará em seu favor o segundo véu, a fim de lhe permitir ler em seu rosto e, sobretudo, em seus olhos. O confidente da Deusa não será vítima de nenhuma miragem, porque ele possuirá o segredo das coisas, pelo fato de ser justo.

Este arcano, de modo sintético, encerra as idéias que se seguem:

- conhecimentos sacerdotais e intuitivos;
- metafísica intuitiva;
- fé racional;
- poder intuitivo e de prever o futuro;
- o Espírito penetrando o mistério;
- o Verbo ou palavra criadora;
- o Pensamento, ato do qual nascem as idéias.

Beth originou-se de um símbolo hieroglífico que estava ligado ao Tabernáculo do Espírito, e à Boca, órgão pelo qual se manifesta a palavra que é, por sua vez, a manifestação das idéias. À idéia de Boca se relacionam todos os conceitos que expressam núcleos, templos, santuários, taça, sacrário, segredo, mistério, ciência.

Esta letra simboliza também as antíteses a que está exposta a vida humana, como Bem e Mal, Luz e Sombras; ela está sob a regência da Lua.

Este Arcano Dois, no Mundo Divino, é expresso pela Divina Mãe, a Taça da Suprema Essência Divina.

É a Essência Única que se manifesta em seu duplo aspecto de Luz e Fogo, Fohat e Kundalini, em tudo e em todos penetrando, transformando, velando e libertando.

Interpretações Adivinhatórias

Chochmah, a Sabedoria, o Pensamento Criador, o Verbo, segunda pessoa da Trindade, Ísis, a Natureza, esposa de Deus e Mãe de todas as coisas.

A Substância que enche o espaço ilimitado; o campo de ação da causa ativa e inteligente. A oposição fecunda, da qual tudo se gera. A diferenciação que permite distinguir, perceber, logo conhecer e saber.

A Ciência Sagrada, cujo objeto não cai sob os sentidos.

Adivinhação, Filosofia Intuitiva, Gnose, discernimento do mistério. Religião espontânea, Fé contemplativa.

Silêncio, discrição, reserva, meditação. Modéstia, paciência, resignação, piedade, respeito às coisas santas. Na polaridade oposta: dissimulação, "segundas intenções", rancor, inércia, preguiça, intolerância, fanatismo.

Influência de Saturno, passiva.

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CICLO LUNAR OU FASES DA LUA

Márcia Mattos - Astróloga

Entre os povos antigos, o Sol e a Lua eram adorados como deuses, já que eram fontes supremas da energia que fluía para a terra. O período da Lua Nova era sagrado, pois o Deus Sol e a Deusa Lua eram um só. Envolvida pela luz do Sol, a Lua ficava carregada de seu poder vital. Na medida em que a Lua crescia, ela gradualmente refletia e distribuía a luz do Sol para a terra, marcando o período fértil e destinado ao crescimento.Na fase Cheia, a Lua se tornava igual ao Sol, liberando para a terra a sua força total de transmissão do poder do "astro-rei". Então, como que exausto de tanta atividade, ela começava a minguar. Na terra, a vitalidade decaía, esperando a renovação da fertilidade quando os dois deuses estivessem unidos outra vez. Para os antigos, os ciclos lunares acabavam por se transformar no calendário celeste. A contagem das luas se tornou o fundamento para nossa idéia atual de mês e a estrutura interna ou as fases da Lua se tornaram um fundamento da nossa idéia atual de semana. Para eles, o tempo era cíclico, estruturado em fases, e cada uma tinha determinada qualidade e características próprias, que tornava algumas atividades apropriadas para algumas fases e impróprias para outras.As fases da Lua se referem à relação entre o Sol e a Lua do ponto de vista da terra.

A Lua Nova

Inaugura um novo ciclo. É a semente do ciclo lunar que começa. O mapa astrológico levantado para a Lua Nova é a chave das influências de todo mês lunar que se aproxima. Simboliza um novo impulso ou oportunidade para crescimento. No entanto, o ciclo que se inicia não começa de um só golpe. A princípio, sente-se um alívio ou libertação das pressões do mês anterior, mas aquilo que vai ser desenvolvido durante o mês que se adianta emerge gradualmente. Nessa fase, o que se tenta desenvolver ainda não é um fato real, mas apenas uma possibilidade que precisa ser definida e alimentada nas semanas que virão. Além disso, o início do ciclo é sempre cercado de fantasmas e de assuntos inacabados dos ciclos anteriores. O signo do zodíaco onde ocorre a Lua Nova representa qualidades deste novo impulso e, ao mesmo tempo, o antídoto e as soluções para se eliminar os restos deixados pelo ciclo anterior.

O Lua crescente

Indica um crescimento (começado na Lua Nova) que pode ser impedido ou bloqueado por obstáculos o assuntos não resolvidos no passado. Idealmente, esse seria um período para vencer os obstáculos não resolvidos. É, aliás, o que deve acontecer se quisermos que toda a energia a ser liberada durante a Lua Cheia seja aproveitada. O quarto crescente nos aponta um quadro de necessidade de mudança e remanejamento. Se as dificuldades do passado não ficarem esclarecidas aqui e resolvidas ou se o crescimento for letárgico, então a iluminação oferecida durante este ciclo não será completada. Qualquer padrão que foi estabelecido neste primeiro ciclo, de crescimento ou de dificuldade, continuará a ser desenvolvido durante o resto do ciclo lunar. Aqui, o que quer que esteja sendo desenvolvido em nós ou em nossas vidas sofrerá um teste e precisará ser definido claramente e delineado em uma direção. Isto significa fazer opções entre várias possibilidades e alguns padrões habituais antigos. Há emergência, independência, atividade e comprometimento. Não é hora de fugir.

A Lua Cheia

Culminam a semente e o potencial inaugurado na Lua Nova. Se tiver sido desenvolvida uma atitude positiva de crescimento e as etapas tiverem sido superadas durante o quatro crescente, então a Lua Cheia trará a realização e a satisfação. Caso contrário, pode trazer conflitos, problemas, aparecimento de uma situação de ansiedade e até afetar a saúde física. A Lua Cheia é um transbordamento. Neste período, deve se atingir o ápice daquilo que vinha sendo desenvolvendo nas fases iniciais para melhor ou para pior, para o sucesso ou o fracasso. Se o nosso trabalho anterior tiver sido bem sucedido, então a Lua Cheia iniciará um processo de usar, ampliar, partilhar e assimilar essas experiências. Se, por outro lado, nossos esforços não tenham sido proveitosos (durante a fase crescente) as coisas não irão acontecer do jeito que esperávamos, porque tinham apenas valor temporário. A Lua Cheia pode nos estimular a abandonar essas situações, relacionamento ou coisa que eram incapazes de preencher uma função positiva em nossas vidas e se soubermos deixá-las, estaremos abrindo espaço para um crescimento futuro no próximo ciclo que se aproxima.

Lua Minguante

Se a Lua Crescente nos desafia a crescer para fora e agir de modo a realizar nossas possibilidades, a Lua Minguante nos desafia a crescer para dentro e a mudar. Qualquer coisa que não se harmoniza com este crescimento interno e essa maior compreensão de nossas experiências, deve ser deixado de lado. O momento aqui é ultra favorável a "insights". Questionando posicionamentos antigos, poderemos nos abrir para novas idéias e ideais. A última fase deste ciclo, que antecede imediatamente à Lua Nova, marca um período de transição, o período "semente" entre o ciclo que se encerra e o próximo que se anuncia. Durante este tempo, os resultados do ciclo inteiro podem ser revistos, concentrados e resumidos em sua essência para formarem um fundamento de um ciclo futuro.

Trecho da apostila "A Lua: seus múltiplos significados e atributos", da astróloga Márcia Mattos.











O PERDÃO

Não existe nada mais difícil do que o perdão. Nada. E aqui, é bom sempre deixar claro, não estou me referindo ao perdão vulgar, aquele em que a vovó passa a mão na cabeça do netinho que acabou de quebrar um caríssimo vaso de cristal ao brincar de bola dentro do apartamento. Perdão – com “p” maiúsculo.
Não sou cristão por um motivo simples: não consigo acreditar em algumas premissas básicas do cristianismo, como a divindade de Jesus e a Ressurreição. Isso não me impede de admirar o Homem de Nazaré. Até porque, como a grande maioria dos brasileiros, tive, na infância, uma educação católica.
Nos últimos dias, tenho pensado muito sobre algumas frases derradeiras de Jesus Cristo. Na cruz, por exemplo, ele pede ao Pai que perdoe as pessoas, porque elas não sabiam o que estava fazendo. Uau! Não se trata somente de uma fala de mártir e nem tampouco de perdão em estado bruto; é preciso reconhecer um bocado de orgulho na frase. Sim, porque se “eles” não sabem o que fazem é porque “eu” sei o que estão fazendo de errado. Sabedoria esta, tenho de reconhecer, própria de um Deus humano.
Sou humano, sem pretensões de me tornar Deus. Mas o perdão que sou capaz de dar, infelizmente, passa pela mesma idéia: a constatação do erro e, posteriormente, da ignorância que a ele conduz. Não é algo nobre. E dói. Ah, como dói.
Um dos problemas desta postura algo arrogante de quem perdoa porque entende é que ela nos leva a um poço fedido de desespero seco. Por uma destas coincidências que me recuso a acreditar que sejam fruto do acaso, ontem estava lendo A Arte de Se Salvar (Imago), de Nilton Bonder. Logo no início, me deparo com um interessante raciocínio que coloca Desespero e Fé em patamares semelhantes, sendo que o primeiro dá início ao Cinismo, enquanto a segunda nada mais é do que uma forma superior de Liberdade.
O perdão que, hoje, sou capaz de dar me conduz ao Cinismo. Que se manifesta até fisicamente: o silêncio, o queixo algo empinado, o olhar vazio. Quero – e tenho trabalhado para isso – poder oferecer a meus algozes, cientes disso ou não, o perdão da Fé, que é libertário.
Há momentos, sinto, em que sou tocado por este verdadeiro Dom: por um átimo, entendo que a crucificação é um fato, saibam ou não o que estão fazendo. Eu os perdôo quando desprezo o que é motivado pela ignorância. Pode parecer contraditório, até, mas o fato é que é mais fácil perdoar quando se sabe o que realmente motiva algum ato de violência. A ignorância é a mais débil das desculpas.
Mas… e quanto ao passado? Como perdoar o que se tem gravado a sangue na memória? E como perdoar sem ser tomado pelo Desespero que conduz ao Cinismo? Para mim, isto tudo ainda é um mistério. Sei que a resposta do enigma passa pela compreensão absoluta de que os homens são livres – inclusive para se magoarem. Apenas não sei, ainda, como combinar no anagrama perfeito as letras desta tal Liberdade.

http://www.polzonoff.com.br/o-perdao.htm









O GUERREIRO DA LUZ E SEUS DEMÔNIOS

O guerreiro da luz passa a acreditar que é melhor seguir a luz. Ele já traiu, mentiu, desviou-se do seu caminho, cortejou as trevas. E tudo continuou dando certo - como se nada tivesse acontecido. Mas agora ele quer mudar suas atitudes.Ao tomar esta decisão, escuta quatro comentários: "Você sempre agiu errado. Você está velho demais para mudar. Você não é bom. Você não merece".Então olha para o céu. E uma voz diz: "bem, meu caro, todo mundo já fez coisas erradas. Você está perdoado, mas não posso forçar este perdão. Decida-se".O verdadeiro guerreiro da luz aceita o perdão, e passa a tomar algumas precauções.Um novo passo em falsoComo nada muda da noite para o dia, o guerreiro dá um novo passo em falso e mergulha mais uma vez no abismo. Os fantasmas o provocam, a solidão o atormenta. Como agora tem mais consciência de seus atos, não pensava que isto fosse tornar a acontecer.Mas aconteceu. Envolto pela escuridão, ele se comunica com seu mestre."Mestre, caí de novo no abismo", diz . "As águas são fundas e escuras""Lembra-te de uma coisa", responde o mestre. "O que afoga não é o mergulho, mas o fato de permanecer debaixo d'água".E o guerreiro usa o resto de suas forças para sair da situação em que se encontra.Tendo cuidado com os comentáriosUm guerreiro sabe que as trevas utilizam uma rede invisível para espalhar seu mal. Esta rede pega qualquer informação solta no ar, e a transforma em intriga. Tudo que é dito a respeito de alguém, sempre termina chegando aos ouvidos dos inimigos desta pessoa, acrescido da carga tenebrosa de veneno e maldade.Por isso o guerreiro, quando fala das atitudes de seu irmão, imagina que ele está presente, escutando o que diz. Assim, desenvolve a arte da prudência e da dignidade.E fica cada vez mais perto da luz que entrou pela sua janela, e agora ilumina toda sua alma.

Mago Paulo Coelho emManual do Guerreiro da Luz

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