Quem sou...

Atendo sob o nome de Karussa, sou natural de São Paulo, capital.

Formada em Administração (UNIP São Paulo) e meus estudos com o Tarô iniciaram-se em meados de 1978. Sou neta de ciganos russos e iniciei meus estudos com minha avó materna.

Comecei a trabalhar com o Tarô em 1995. O uso do Tarô para mim surgiu como uma proposta de renovação em minha vida.

Trabalho com a Cruz Celta dupla, um método que me permite uma leitura mais clara e objetiva. Assim, tenho como orientar melhor os consulentes.

Além das cartas - sua filosofia e estudo - utilizo a Neurolinguistica como coadjuvante em trabalhos terapêuticos.

Gosto de mostrar ao consulente as possibilidades de resolver a situação que o perturba ou orientá-lo como evitar determinados problemas. Não penso que o Tarô pode mostrar somente o futuro, mas o vejo como uma forma de orientação em vários aspectos da vida.

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domingo, 25 de novembro de 2007

Imperador




O Arcano 4
Esta é a imagem de um homem forte com todos os atributos de um regente. Senta-se sobre um cubo como se fosse um trono. Ele rege o mundo da matéria. Os romanos o denominam Júpiter. O fato de estar sentado sobre o cubo representa o sinal de Júpiter.

O rei usa um elmo amarelo enfeitado de vermelho, cuja forma é de seis pontas no alto como se fosse uma coroa. Essas pontas indicam uma estrela hexagonal, formada por dois triângulos entrelaçados. Quando estes são projetados para a terceira dimensão, formam-se dois tetraedros entrelaçados, os quais estão ocultos dentro do cubo.

A cor amarela do elmo mostra que o rei manifesta seus elevados poderes espirituais e sua sabedoria nos pensamentos, na fala e na escrita. Os contornos vermelhos do elmo, por sua vez, indicam espiritualidade e sabedoria. A cor escura do cabelo e da barba é simbólica e significa a preocupação com o mundo material. Na mitologia romana, trata-se de Júpiter, na grega é Zeus, o deus do conhecimento e o regente celestial da Terra.

O seu ser interior está vestido de vermelho. Contudo, só é possível ver essa roupa nas pernas, sobre os joelhos e nos braços. O resto da roupa íntima está coberto com outras peças de vestuário. Sobre o peito e nos ombros, o rei tem uma couraça azul-clara. Na parte da frente, sobre o peito, vê-se à direita o Sol e à esquerda a Lua. A couraça indica o fato de ele não ser influenciável e mostra a sua força de resistência contra os inimigos e os ataques do exterior. O Sol e a Lua indicam que ele une em si mesmo essas duas grandes forças, a positivo-masculina e a negativo-feminina, que dispõe das duas energias e que trabalha com elas no universo. Ao redor do pescoço ele tem uma grossa corrente dourada que simboliza o seu grande bom senso.

A couraça está ornamentada com uma orla em padrão geométrico cuja borda é amarela e em parte cobre o uniforme azul e as mangas azuis. Isso indica espiritualidade, boa vontade e gentileza. Os pés estão calçados com meias azuis, o que significa que os seus passos sempre são conduzidos pelo amor e pela humanidade. Na mão direita ele segura um poderoso cetro que termina em três grandes folhas em forma de taça, uma flor-de-lis. O rei segura o cetro na mão direita, o que demonstra que ele trabalha com as forças masculino-positivas.

Na mão esquerda o rei segura um globo imperial verde. Este significa que ele tem poder sobre o mundo terreno. Esse poder, no entanto, não é a violência rude, mas a força irresistível do amor universal. Por essa razão, o globo imperial na sua mão é tão grande e tem a cor verde.

O rei está sentado sobre um grande cubo amarelo, no qual se vê o desenho de uma águia marrom. O cubo é a mais simples das formas de cristalização da matéria, a forma cristalizada dos sais. O fato de o rei estar sentado sobre um cubo significa que apesar de ele se encontrar acima da matéria graças à sua espiritualidade, ainda assim precisa dela e do mundo material como base estável em que fundamenta sua atividade. Ele domina a matéria e também a usa para transformar forças materiais em forças espirituais. Para revelar este fato, o rei assume tal postura, de modo que suas pernas formem uma cruz, o símbolo da matéria.

O cubo representa uma matéria muito delicada através da qual o rei demonstra a sua sabedoria. Essa matéria é o cérebro humano. É essa a razão de o cubo ser amarelo. Trata-se de matéria inteligente. Os homens revelam as verdades superiores, seus conhecimentos e as idéias divinas do rei do céu através do cérebro. Sem isso, o rei não poderia expressar sua sabedoria nas idéias, na fala e na escrita, nem transmiti-las. A águia escura é o símbolo da matéria, que, no entanto, não mais revela os instintos inferiores e rasteja pelo solo como um escorpião, mas que serve à revelação de pensamentos elevados e do mundo espiritual e voa como águia, bem alto no céu. A águia vira a cabeça para a direita, portanto para o lado masculino-positivo, simbolizando com isso que a força com a qual o rei atua sempre é a masculino-positivo-doadora.

O significado desse cubo pode ser melhor entendido com a referência à Caaba, o ponto central do culto religioso dos maometanos, em Meca. A Caaba é uma construção notável em forma de cubo que, segundo a tradição, já foi edificada assim ainda antes de Abraão. Em todo o mundo, os maometanos viram-se na direção da Caaba ao rezarem. E cada maometano, tão logo surja uma oportunidade, faz uma romaria para a Caaba, ao menos uma vez durante a sua vida. No interior da Caaba há doze lâmpadas de prata no meio de três colunas, entre as quais fica a décima terceira. As três colunas simbolizam a trindade divina e as doze lâmpadas, os doze signos zodiacais com o Sol na posição central. A Caaba não tem janelas; apenas uma única porta que está a sete pés de altura e aonde se consegue chegar só com a ajuda de uma escada de sete degraus. Os maometanos chamam a Caaba de "a casa de Deus", o que nada mais é do que o próprio homem. O simbolismo da Caaba está tão claro que quase não é preciso explicá-lo: a Caaba é o cubo, a matéria, o corpo do homem, no qual habita o Eu divino, Deus. As três colunas representam a trindade divina, que reanima o corpo com as forças divinas do Logos.

Cristo disse: "O reino dos céus está em vós." (Lucas, 17:21). O mesmo símbolo, o cubo que contém o princípio divino mostrado aqui como o cordeiro que se oferece em sacrifício, aparece no Apocalipse. João descreve em sua visão: "E veio a mim um dos sete anjos do Senhor... e falou comigo dizendo: 'Aproxime-se que lhe mostrarei a noiva, a esposa do Cordeiro. A consciência do homem que busca a unidade com o princípio divino.' E me levou em espírito até uma grande e alta montanha, mostrando-me a grande cidade, a cidade sagrada de Jerusalém, manifestação do céu de Deus. E o que falava comigo tinha uma vara de ouro, com a qual queria medir a cidade, suas torres e muros. E a cidade era quadrada, a largura, o comprimento e a altura da cidade são idênticos. (Portanto, um cubo!). E a cidade era toda de ouro, e as ruas eram de ouro, polido como vidro. E não vi templos na cidade; pois o senhor, o Deus todo-poderoso, é seu templo e seu Cordeiro. A cidade não precisa nem de sol nem de lua, para que haja luz: a majestade de Deus a ilumina, e o seu brilho é o Cordeiro." (Apoc. 21:9-23).

Na frente do rei, encontra-se a mesma flor que já foi vista atrás do mago, quando ainda em botão. No caso do mago, a flor significava que o homem ainda não estava consciente de que grande parte do seu ser ainda está por trás do seu consciente, ainda está no inconsciente. Aqui a flor já se encontra diante do rei do céu e começa a se abrir. Portanto, a flor não é mais um botão.

Neste nível, o homem já está mais consciente do que no nível do "Mago". Já domina o próprio corpo, controla a própria forma material. Até certo ponto, já tem autocontrole. Usa o corpo como fonte de energia e transforma as forças físicas em forças espirituais, acelerando assim o seu progresso no longo caminho que leva ao grande objetivo.

Agora a sua alma não é mais um botão; desdobra-se gradativamente e irradia a luz divina, o amor. Reconhece que o seu nível espiritual não depende tanto do quanto sabe, e sim muito mais da quantidade de amor que manifesta ter. O que ele aprendeu e alcançou intelectualmente precisa ser concretizado. O homem não deve guardar para si sua experiência e conhecimento; precisa transmiti-los aos que ainda não foram iniciados e que vêm depois dele. Já tem autocontrole e controla os desejos físicos.

Por isso usa o poder assim adquirido para ajudar a si e também aos seus semelhantes. Vê o grande objetivo e devota toda a sua vida à tarefa de tornar-se mais espiritualizado, ao mesmo tempo em que induz os outros a uma maior espiritualidade. Ele leu e aprendeu como falar sobre as verdades divinas. Ao mesmo tempo, no entanto, adquiriu experiência individual e pode transmitir seus tesouros para outras pessoas. Mais e mais pessoas vêm procurá-lo pedindo conselhos e ajuda, e ele tenta aliviar os sofrimentos humanos. Ajuda quando é possível e manifesta compaixão e amor. O amor universal se desenvolve no seu coração da mesma forma que a flor abre suas pétalas.

À figura do rei atribui-se o número 4 e a letra Daleth.

Através do mundo e em cada religião, o quadrado e a cruz são os símbolos da matéria. Nas duas hastes da cruz, tempo e espaço, o espírito do mundo, Logos, Cristo, é crucificado. O presente absoluto está no ponto de intersecção das duas hastes da cruz. É onde se unem o tempo e o espaço. Para os espíritos encarnados, este ponto, o absoluto presente, é a única possibilidade de atingir a Redenção, a Libertação enquanto no corpo.

Na visão de Ezequiel também se vê o simbolismo do Arcano 4 nos quatro grandes sinais do Zodíaco: leão, touro, anjo e águia.

A letra Daleth é a representação do princípio animador e ativo do universo. Daleth corresponde à quarta sephirah, Hesed, que significa amor e gentileza.

Interpretação Oculta
Os ocultistas classificam este Arcano com o primoroso nome de o Imperador.

O número quatro traz sempre a idéia de realização. Na Lâmina Quatro, se vê o Imperador (Grande Arquiteto do Universo) sentado em um trono expresso pela Pedra Cúbica, a famosa Pedra dos Maçons.

Fazendo uma breve recapitulação dos Arcanos anteriores, verifica-se que: o Arcano 1 é o Criador Espiritual, a Vontade, o Princípio Ativo; o Arcano 2 é o Princípio Plasmador, ativador da Vontade, a Sabedoria Divina; o Arcano 3 é a Geração, a Atividade, a Regência da forma, e o Arcano 4 é a Realização, o Construtor Físico, o Poder Governante.

Este Arcano também faz referência às quatro virtudes do hermetismo: ousar, saber, calar e querer.

A Igreja de Melquisedec

O Arcano 4 tem relação direta com o Supremo Governante do Mundo: o Rei Melquisedec (ou Melk-Tsedeq) e a sua igreja. Há uma antiga tradição que afirma a existência, no mundo, de uma "Igreja Santa", que torna a ligar (religare) o homem a Deus, sem necessidade de sacerdócio nem outro qualquer intermediário. Todo ser iluminado, diretamente ou por iniciação, desde que esteja de posse de certos Mistérios, faz parte do Culto, que tem o velado nome de Igreja de Melquisedec. Tal culto sempre existiu, por ser o da mais preciosa de todas as religiões: a da Fraternidade Universal da Humanidade.

A sua origem procede dos meados da Terceira Raça Mãe (Lemuriana), pouco importa seu nome naquela época, se com o decorrer dos tempos, recebe o de Sudha-Dharma-Mandalam, na antiga Aryavartha (Índia).

Por isso que, tal Fraternidade ou "Culto Universal" - que é o do Amor, da Verdade e da Justiça - se compõe de Sete Linhas, cada uma delas com o respectivo Raio.

O Sacerdócio de Melquisedec (o pão e o vinho) deve ser interpretado como uma "prefiguração da Eucaristia". E o próprio sacerdócio cristão se identifica, em princípio, ao de Melquisedec, segundo a aplicação das seguintes palavras dos Psalmos feitas ao Cristo: "Tu es sacerdos in aeternum secundum ordinem Melquisedech".

Jeoshua Ben Pandira (Jesus) distribuiu entre seus discípulos pão e vinho, o que deu origem ao termo "Ceia do Senhor", pois como um Iluminado, Adepto ou Homem Perfeito, conhecia todos os ensinamentos da referida Igreja de Melquisedec.

Essa mesma Igreja até hoje ensina aos homens que para ela se acham atraídos, a se religarem à sua origem. Trata-se da interpretação da Parábola do Filho Pródigo "que volta à casa paterna", fenômeno comparável à Teofania dos Neo-Platônicos e o verdadeiro sentido do termo Teosofia, como "Sabedoria Divina", dos Deuses, dos Mahatmâs, dos Gênios, dos Jinas.

O Arcano 4 não poderia ser representado de maneira mais adequada na esfera celeste senão por Hércules, revestido da pele do Leão de Némea, armado com sua funda e munido do ramo que traz as maçãs do Jardim das Hespérides. Esses frutos são os do Saber Iniciático, são conquistados com muita luta e recompensam o herói que realiza os doze trabalhos, tornando-o Adepto devotado à Grande Obra.

Interpretações Adivinhatórias

Chesed - graça, misericórdia, perdão, ou Gedulah - grandeza, magnificência; designação do quarto ramo da árvore dos Sephiroth ou números cabalísticos; poder que dá e expande a Vida, bondade criadora chamando os seres à existência, princípio animador, luz criadora espalhada entre as criaturas e condensada no centro de cada individualidade; Enxofre dos Alquimistas, fogo, vital aprisionado no germe, verbo realizador encarnado, fogo, agente, esposo místico e filho da substância anímica (Imperatriz).

Energia, poder, direito, vontade, fixação, concentração, certeza absoluta por dedução matemática, constância, firmeza, rigor, exatidão, positivismo.

Na polaridade oposta: espírito dominador, influenciando outrem a se deixar influenciar; calculista, fiando-se apenas no raciocínio e na observação positiva; caráter imutável em suas resoluções, teimosia; falta de ideal ou de intuição; protetor poderoso ou adversário temível; tirano, déspota sofrendo por choque de retorno à influência dos fracos; masculinidade brutal indiretamente submetida à doçura feminina.

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CICLO LUNAR OU FASES DA LUA

Márcia Mattos - Astróloga

Entre os povos antigos, o Sol e a Lua eram adorados como deuses, já que eram fontes supremas da energia que fluía para a terra. O período da Lua Nova era sagrado, pois o Deus Sol e a Deusa Lua eram um só. Envolvida pela luz do Sol, a Lua ficava carregada de seu poder vital. Na medida em que a Lua crescia, ela gradualmente refletia e distribuía a luz do Sol para a terra, marcando o período fértil e destinado ao crescimento.Na fase Cheia, a Lua se tornava igual ao Sol, liberando para a terra a sua força total de transmissão do poder do "astro-rei". Então, como que exausto de tanta atividade, ela começava a minguar. Na terra, a vitalidade decaía, esperando a renovação da fertilidade quando os dois deuses estivessem unidos outra vez. Para os antigos, os ciclos lunares acabavam por se transformar no calendário celeste. A contagem das luas se tornou o fundamento para nossa idéia atual de mês e a estrutura interna ou as fases da Lua se tornaram um fundamento da nossa idéia atual de semana. Para eles, o tempo era cíclico, estruturado em fases, e cada uma tinha determinada qualidade e características próprias, que tornava algumas atividades apropriadas para algumas fases e impróprias para outras.As fases da Lua se referem à relação entre o Sol e a Lua do ponto de vista da terra.

A Lua Nova

Inaugura um novo ciclo. É a semente do ciclo lunar que começa. O mapa astrológico levantado para a Lua Nova é a chave das influências de todo mês lunar que se aproxima. Simboliza um novo impulso ou oportunidade para crescimento. No entanto, o ciclo que se inicia não começa de um só golpe. A princípio, sente-se um alívio ou libertação das pressões do mês anterior, mas aquilo que vai ser desenvolvido durante o mês que se adianta emerge gradualmente. Nessa fase, o que se tenta desenvolver ainda não é um fato real, mas apenas uma possibilidade que precisa ser definida e alimentada nas semanas que virão. Além disso, o início do ciclo é sempre cercado de fantasmas e de assuntos inacabados dos ciclos anteriores. O signo do zodíaco onde ocorre a Lua Nova representa qualidades deste novo impulso e, ao mesmo tempo, o antídoto e as soluções para se eliminar os restos deixados pelo ciclo anterior.

O Lua crescente

Indica um crescimento (começado na Lua Nova) que pode ser impedido ou bloqueado por obstáculos o assuntos não resolvidos no passado. Idealmente, esse seria um período para vencer os obstáculos não resolvidos. É, aliás, o que deve acontecer se quisermos que toda a energia a ser liberada durante a Lua Cheia seja aproveitada. O quarto crescente nos aponta um quadro de necessidade de mudança e remanejamento. Se as dificuldades do passado não ficarem esclarecidas aqui e resolvidas ou se o crescimento for letárgico, então a iluminação oferecida durante este ciclo não será completada. Qualquer padrão que foi estabelecido neste primeiro ciclo, de crescimento ou de dificuldade, continuará a ser desenvolvido durante o resto do ciclo lunar. Aqui, o que quer que esteja sendo desenvolvido em nós ou em nossas vidas sofrerá um teste e precisará ser definido claramente e delineado em uma direção. Isto significa fazer opções entre várias possibilidades e alguns padrões habituais antigos. Há emergência, independência, atividade e comprometimento. Não é hora de fugir.

A Lua Cheia

Culminam a semente e o potencial inaugurado na Lua Nova. Se tiver sido desenvolvida uma atitude positiva de crescimento e as etapas tiverem sido superadas durante o quatro crescente, então a Lua Cheia trará a realização e a satisfação. Caso contrário, pode trazer conflitos, problemas, aparecimento de uma situação de ansiedade e até afetar a saúde física. A Lua Cheia é um transbordamento. Neste período, deve se atingir o ápice daquilo que vinha sendo desenvolvendo nas fases iniciais para melhor ou para pior, para o sucesso ou o fracasso. Se o nosso trabalho anterior tiver sido bem sucedido, então a Lua Cheia iniciará um processo de usar, ampliar, partilhar e assimilar essas experiências. Se, por outro lado, nossos esforços não tenham sido proveitosos (durante a fase crescente) as coisas não irão acontecer do jeito que esperávamos, porque tinham apenas valor temporário. A Lua Cheia pode nos estimular a abandonar essas situações, relacionamento ou coisa que eram incapazes de preencher uma função positiva em nossas vidas e se soubermos deixá-las, estaremos abrindo espaço para um crescimento futuro no próximo ciclo que se aproxima.

Lua Minguante

Se a Lua Crescente nos desafia a crescer para fora e agir de modo a realizar nossas possibilidades, a Lua Minguante nos desafia a crescer para dentro e a mudar. Qualquer coisa que não se harmoniza com este crescimento interno e essa maior compreensão de nossas experiências, deve ser deixado de lado. O momento aqui é ultra favorável a "insights". Questionando posicionamentos antigos, poderemos nos abrir para novas idéias e ideais. A última fase deste ciclo, que antecede imediatamente à Lua Nova, marca um período de transição, o período "semente" entre o ciclo que se encerra e o próximo que se anuncia. Durante este tempo, os resultados do ciclo inteiro podem ser revistos, concentrados e resumidos em sua essência para formarem um fundamento de um ciclo futuro.

Trecho da apostila "A Lua: seus múltiplos significados e atributos", da astróloga Márcia Mattos.











O PERDÃO

Não existe nada mais difícil do que o perdão. Nada. E aqui, é bom sempre deixar claro, não estou me referindo ao perdão vulgar, aquele em que a vovó passa a mão na cabeça do netinho que acabou de quebrar um caríssimo vaso de cristal ao brincar de bola dentro do apartamento. Perdão – com “p” maiúsculo.
Não sou cristão por um motivo simples: não consigo acreditar em algumas premissas básicas do cristianismo, como a divindade de Jesus e a Ressurreição. Isso não me impede de admirar o Homem de Nazaré. Até porque, como a grande maioria dos brasileiros, tive, na infância, uma educação católica.
Nos últimos dias, tenho pensado muito sobre algumas frases derradeiras de Jesus Cristo. Na cruz, por exemplo, ele pede ao Pai que perdoe as pessoas, porque elas não sabiam o que estava fazendo. Uau! Não se trata somente de uma fala de mártir e nem tampouco de perdão em estado bruto; é preciso reconhecer um bocado de orgulho na frase. Sim, porque se “eles” não sabem o que fazem é porque “eu” sei o que estão fazendo de errado. Sabedoria esta, tenho de reconhecer, própria de um Deus humano.
Sou humano, sem pretensões de me tornar Deus. Mas o perdão que sou capaz de dar, infelizmente, passa pela mesma idéia: a constatação do erro e, posteriormente, da ignorância que a ele conduz. Não é algo nobre. E dói. Ah, como dói.
Um dos problemas desta postura algo arrogante de quem perdoa porque entende é que ela nos leva a um poço fedido de desespero seco. Por uma destas coincidências que me recuso a acreditar que sejam fruto do acaso, ontem estava lendo A Arte de Se Salvar (Imago), de Nilton Bonder. Logo no início, me deparo com um interessante raciocínio que coloca Desespero e Fé em patamares semelhantes, sendo que o primeiro dá início ao Cinismo, enquanto a segunda nada mais é do que uma forma superior de Liberdade.
O perdão que, hoje, sou capaz de dar me conduz ao Cinismo. Que se manifesta até fisicamente: o silêncio, o queixo algo empinado, o olhar vazio. Quero – e tenho trabalhado para isso – poder oferecer a meus algozes, cientes disso ou não, o perdão da Fé, que é libertário.
Há momentos, sinto, em que sou tocado por este verdadeiro Dom: por um átimo, entendo que a crucificação é um fato, saibam ou não o que estão fazendo. Eu os perdôo quando desprezo o que é motivado pela ignorância. Pode parecer contraditório, até, mas o fato é que é mais fácil perdoar quando se sabe o que realmente motiva algum ato de violência. A ignorância é a mais débil das desculpas.
Mas… e quanto ao passado? Como perdoar o que se tem gravado a sangue na memória? E como perdoar sem ser tomado pelo Desespero que conduz ao Cinismo? Para mim, isto tudo ainda é um mistério. Sei que a resposta do enigma passa pela compreensão absoluta de que os homens são livres – inclusive para se magoarem. Apenas não sei, ainda, como combinar no anagrama perfeito as letras desta tal Liberdade.

http://www.polzonoff.com.br/o-perdao.htm









O GUERREIRO DA LUZ E SEUS DEMÔNIOS

O guerreiro da luz passa a acreditar que é melhor seguir a luz. Ele já traiu, mentiu, desviou-se do seu caminho, cortejou as trevas. E tudo continuou dando certo - como se nada tivesse acontecido. Mas agora ele quer mudar suas atitudes.Ao tomar esta decisão, escuta quatro comentários: "Você sempre agiu errado. Você está velho demais para mudar. Você não é bom. Você não merece".Então olha para o céu. E uma voz diz: "bem, meu caro, todo mundo já fez coisas erradas. Você está perdoado, mas não posso forçar este perdão. Decida-se".O verdadeiro guerreiro da luz aceita o perdão, e passa a tomar algumas precauções.Um novo passo em falsoComo nada muda da noite para o dia, o guerreiro dá um novo passo em falso e mergulha mais uma vez no abismo. Os fantasmas o provocam, a solidão o atormenta. Como agora tem mais consciência de seus atos, não pensava que isto fosse tornar a acontecer.Mas aconteceu. Envolto pela escuridão, ele se comunica com seu mestre."Mestre, caí de novo no abismo", diz . "As águas são fundas e escuras""Lembra-te de uma coisa", responde o mestre. "O que afoga não é o mergulho, mas o fato de permanecer debaixo d'água".E o guerreiro usa o resto de suas forças para sair da situação em que se encontra.Tendo cuidado com os comentáriosUm guerreiro sabe que as trevas utilizam uma rede invisível para espalhar seu mal. Esta rede pega qualquer informação solta no ar, e a transforma em intriga. Tudo que é dito a respeito de alguém, sempre termina chegando aos ouvidos dos inimigos desta pessoa, acrescido da carga tenebrosa de veneno e maldade.Por isso o guerreiro, quando fala das atitudes de seu irmão, imagina que ele está presente, escutando o que diz. Assim, desenvolve a arte da prudência e da dignidade.E fica cada vez mais perto da luz que entrou pela sua janela, e agora ilumina toda sua alma.

Mago Paulo Coelho emManual do Guerreiro da Luz

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